sábado, 2 de julho de 2011

LUISA SOBRAL NO CCC DE CALDAS DA RAINHA

João Jales
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Realizou-se ontem (1/6) no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha um concerto de Luisa Sobral . Tendo ouvido o disco de estreia "The Cherry On My Cake" durante a semana anterior sabia exactamente o que ia ouvir, não antecipando um concerto de Jazz clássico, como a publicidade e alguns órgãos de comunicação anunciavam. Estivemos efectivamente perante uma mescla de "light" Jazz, bossa-nova e pop em que Norah Jones, Regina Spektor, Lisa Ekdahl, Lori Carson, Stina Nordenstam, etc, também navegam. Confesso que a sua referência aos Beatles como influência não me deixou indiferente ...
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A cantora/compositora tem apenas 23 anos e, depois de uma breve aparição no Ídolos em 2003, decidiu (bem) fazer o curso do Berklee College of Music, a maior e mais conhecida escola independente de música do mundo. Esta formação é evidente na clareza com que canta, no à vontade com que aborda vários instrumentos e como usa em diferentes registos a sua voz limpa e cristalina. Falta-lhe talvez o "peso", o "calor" e o "corpo" que só os anos e mais espectáculos lhe irão certamente dar (falta-lhe tabaco e whisky, aventava um espectador politicamente incorrecto no final) . Mas tem uma presença em palco graciosa , bem humorada e simpática, o  que joga a seu favor.
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Todo o material que Luisa cantou é da sua autoria, exceptuando uma versão de Rui Veloso que também aparece no CD. A maior parte é em inglês mas ela apresentou novas composições em português, parecendo indicar que é um caminho que quer seguir. Num mercado sobre-lotado de talentos a conquista de um espaço através da originalidade e de um caminho próprio é o mais importante - Luisa tem a seu favor a voz, a formação musical e o facto de ser a autora do seu material. Como já disse ela tem 23 anos, o tempo mostrará o que fará do seu talento. Eu arquivei em "a revisitar" .



1 comentário:

  1. Olá João
    A música é um estado de alma, do artista e do ouvinte.
    As "Good vibrations" que ela produz em nós, depende da partilha desses estados de alma.
    No meu estado de alma actual a Luísa Sobral encanta-me.
    Não procuro revoluções, nem obras primas, apenas musica bem disposta e fresca.
    Et voilá
    Foi isso que tivemos.

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